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O Giro do Boi promoveu a estreia de mais uma temporada da série especial Dicas do Chaker. Desta vez, o zootecnista e diretor do Instituto Inttegra Antonio Chaker compartilhou os principais números do Benchmarking 2020/21. No primeiro episódio, destaque para o esforço das fazendas na manutenção de áreas preservadas.
Nesse sentido, Chaker contextualizou o alcance do estudo de benchmarking. O levantamento ao todo já reúne informações de 1.100 fazendas com cerca de 12 mil colaboradores, 16 estados brasileiros e três países da América Latina. “Só na última safra foram R$ 4,5 bilhões de faturamento, 3,4 milhões de cabeças em 3,3 milhões de hectares”, disse em síntese.
Ao mesmo tempo, as fazendas que fizeram parte do estudo somam 825 mil hectares de áreas preservadas. Isso representa aproximadamente R$ 12,5 bilhões de patrimônio mobilizado para tal fim. “Você vai ver praticamente que para cada um real que a fazenda fatura, ela tem três reais de áreas preservadas. Então você vê que realmente ninguém preserva mais o meio ambiente do que o agropecuarista. Ele põe bastante dinheiro nessa preservação e é importante que as pessoas saibam disso”, salientou.
Em seguida, depois de falar a respeito das áreas preservadas e outros indicadores, Chaker destacou os dados da pecuária de cria no último benchmarking. 120 fazendas de cria participaram do levantamento, com 540 mil cabeças e 508 mil hectares ao todo.
Segundo Chaler, na média as fazendas de cria deixaram R$ 584,00 por hectare/ano de resultado líquido. “Porém, as 30% melhores foram capazes de entregar R$ 1.442,00. As 20% melhores, R$ 1.586,00. E as 10% melhores, nada mais e nada menos que R$ 1.829,00 por hectare”, acrescentou. “Portanto, quem fala que cria não dá dinheiro, pode observar aí: são mais de R$ 1.800 por hectare ano de resultado líquido para o produtor”, frisou.
Logo depois, Chaker fez a conta do resultado sobre o valor da terra. Na cria, a média das fazendas ganhou 3% por ano do que vale a terra. As 30% melhores, 8% do que vale a terra, o que é maravilhoso. As 20% melhores, 9,7%. E as top 10%, 13% ao ano sobre que vale a terra”, disse em suma.
Contudo, foi para o último dado que Chaker chamou mais atenção. O resultado sobre o ativo, ou seja, sobre o rebanho. “Eu pego o resultado ou equivalente ao lucro da fazenda e divido pelo que vale o rebanho. […] A média das fazendas ganhou 11,5% sobre que vale o gado. As top 30% ganharam 31% sobre o rebanho. As top 20%, 34,4%. E as top 10% tiveram 39,1% de resultados sobre o que vale o gado”, enalteceu.
Em conclusão, Chaler deixou uma pergunta. “Que investimento você conhece que dá 39% ao ano sobre o que vale seu ativo? Essa é a cria profissional”, ressaltou.
Fonte: Giro do Boi
Link: https://www.girodoboi.com.br/videos/fazendas-tem-quase-r-3-em-forma-de-areas-preservadas-para-cada-r-1-faturado/
8 de Março de 2022
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