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Cria não dá dinheiro? Depende da gestão do criador. No segundo bloco do Giro do Boi especial para o lançamento do Benchmarking 2018-19, o consultor Antônio Chaker escancarou os números que devem ser perseguidos pelas fazendas de criação de bezerros caso queiram mudar para o time das propriedades que lucram. O zootecnista informou que a “turma do prejuízo” teve na safra 2018-19 uma taxa média de prenhez de 70,9%, enquanto as top rentáveis tiveram 82,8%, com potencial de chegar a até 86,8%. “E estas fazendas já são profissionais, a gente acredita que a média no Brasil é muito menor do que isso”, lamentou Chaker. Já a taxa de desmame das fazendas de cria com prejuízo chegou a 66,1%, enquanto as mais lucrativas tivera 75,8% de desmame com potencial para chegar a até 78,7%. No entanto, o consultor destacou que não basta desmamar indivíduos, mas sim quilos de bezerro por vaca exposta, uma equação que considera peso dos bezerros x quantidade de bezerros desmamados dividido pelo total de matrizes em monta. O ideal é que se busque indivíduos acima de 200 kg e um indicador de kg de bezerros desmamados por vaca exposta de 164 kg, que é o que obtiveram as fazendas top rentáveis, enquanto as menos rentáveis ficaram com 145 kg de bezerros desmamados por vaca exposta. Chaker acredita que a média brasileira é ainda pior, descendo aos 88 kg. “Por isso a turma afirma que cria não dá lucro”, completou. Chaker disse que um indicador cada vez mais presente nas fazendas de cria que dão lucro é a taxa de aproveitamento de fêmeas 18 meses ou menos, que avalia quantas fêmeas existem nesta categoria na fazenda e quantas entraram em monta. Nas fazendas que tiveram prejuízo, 88,9% destas fêmeas foram aproveitadas, enquanto nas fazendas de cria top rentáveis, 105% desta categoria foram entouradas.

“Mas como assim eu vou entourar 105% das fêmeas abaixo de 18 meses? Se eu entoureirei 105% delas, significa que eu entourei fêmeas abaixo de 18 meses, ou seja, a precocidade aqui escancarando potencial de aumento de lucro”, explicou.

  Em resumo, Chaker indicou que o criador deve buscar um gasto de R$ 35 por mês com o conjunto vaca e bezerro, produzindo uma arroba de R$ 98 e desmamando um bezerro de R$ 705. Isto porque as fazendas que tiveram prejuízo desmamaram bezerros com valor que chega até ao dobro disto, R$ 1.488. Chaker afirmou que, segundo análises do Benchmarking, as fazendas de cria mais rentáveis do Brasil têm margem sobre a venda chega a 36,4%. Antes do fim do segundo bloco, o produtor Moacir Hernandes Nonato, da Fazenda Terra Boa, localizada em Nioaque-MS, falou suas impressões sobre a gestão adequada da pecuária de cria.     Fonte: Giro do Boi.

23 de Outubro de 2019

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Inttegra
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