CLUBE FAZENDA NOTA 10! INICIATIVA AJUDARÁ QUEM NÃO CONSEGUE MEDIR OS NÚMEROS DO REBANHO
11 de Outubro de 2023
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29 de Março de 2019
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27 de Maio de 2020
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26 de Abril de 2022
Read more“Mais processos e menos recursos. Resultado não se compra”. Essa foi a frase uníssona de 57 técnicos franqueados Inttegra, de todas as partes do Brasil, além de Paraguai e Bolívia, após analisar os resultados do Benchmarking Inttegra 2018/2019. Eles perceberam que devemos aplicar o conhecimento acumulado para que os processos do dia a dia sejam cada vez mais bem feitos. Esse será o foco do ano na pecuária atual. O alerta é latente, pois nesse ano, com análise de 382 fazendas, constatamos que 37% ainda operam no prejuízo. Há outras 48% que estão na faixa intermediária e 15% superam a marca de R$400,00/ha/ano (top rentáveis), com picos que superam a R$1.000,00/ha/ano. Na média, o resultado foi negativo em -R$34,00/ha/ano. Vivemos um momento de muita atenção, já que para a agricultura, o resultado médio também foi negativo em – R$875,00/ha para 89 fazendas participantes. A alta atual da arroba do boi não resolveria o problema de 20% das fazendas menos eficientes, já que elas apresentaram um custo de produção que supera R$200,00. Lembramos que o valor da arroba premia o eficiente porém não resolve o problema dos ineficientes. Diante dos números, continuamos defendendo que a pecuária é um excelente negócio, mas não para todos. Ela é rentável para quem consegue definir seus big numbers, ou seja, as metas financeiras do ano que precisam ser alcançadas. Se me perguntassem, hoje, no novo cenário de valores da arroba, qual seria o placar do jogo ideal para o pecuarista? Eu diria: ter um resultado superior a 15% do que vale o rebanho. Há outros indicadores, na mesma linha, que também são importantes como superar a taxa de retorno de 1,6% ao mês ou superar em 3% o patrimônio total de resultado . Sente com seu técnico e calcule esses números, por favor. Defendemos os big numbers financeiros, pois quem ganhou dinheiro foi quem colocou foco na margem e não aceitou sua redução, ou efeito sanfona, na época da entressafra, quando o resultado fica abaixo da meta. Ressalto o foco na margem, pois houve quem se perdeu, maravilhado pela alta produtividade e não mediu custos para isso. Conseguiu produzir quase 20@/ha/ano, mas não ganhou dinheiro. A produtividade precisa estar sempre de mãos dadas com a margem, não se esqueça. A partir do momento em que a produtividade afeta a margem, é hora de repensar o investimento. Ao analisar cada atividade pecuária, quem ganhou dinheiro foi quem conseguiu produzir:
Sendo que o custo dessa arroba não passou de R$100,00/ha/ano. Além disso, mais alguns indicadores importantes provenientes do último Benchmarking Inttegra são:
Outras conclusões Acompanhar os dados do benchmarking é extremamente importante, pois ele traz referências atualizadas ao negócio pecuário. Corrige pequenos deslizes. Por exemplo, tínhamos fazendas que por vários anos estiveram entre as top rentáveis, mas desceram um degrau neste ano. Ao analisar cada caso, em particular, ficou nítido que foram indisciplinadas e poderiam ter feito melhor seus processos. Também deram uma relaxada e deixaram seus rituais de lado como as reuniões semanais, mensais e trimestrais. É importante a consciência de que o sucesso do passado não garante o mesmo resultado no futuro. Outra particularidade deste ano foi o reconhecimento financeiro das fazendas top rentáveis a equipe. Elas pagam melhor. Enquanto a média aumentou em 5,3% o salário do campeiro, o aumento das top rentáveis foi de 9,8%. Destacamos essa categoria de trabalhador, pois é a de possível comparação entre regiões. Percebemos que com pessoas mais valorizadas é possível cumprir as metas de 873 animais por cabeça homem ou R$420 mil de faturamento/homem de campo (recria/engorda). Mais uma constatação foi que as fazendas de engorda tiveram mais variação de resultado entre si do que as de outra categoria (cria e recria). É comum que haja uma variação, mas a amplitude deste ano chamou a atenção, pois superou as R$1.000,00/ ha. Isso significa que houve gente muito eficiente e outros que realmente não prestaram a atenção em seu custo de produção. A partir de números como esses os técnicos franqueados Intttegra constataram que: “a pecuária é mais jeito do que força”. O que significa isso? Ter foco no processo operacional e executá-lo da melhor forma possível por sua equipe. Tem que ser o chato do detalhe e intensificar o uso do conhecimento, pois assim, muitos problemas se resolvem em casa mesmo, implicando no menor desembolso. Grande lição Neste ano comemoramos 50 anos de que o homem chegou à lua e uma das ideias marcantes defendidas pelo presidente norte-americano da época, John Kennedy foi que eles teriam que: mandar o homem à lua, trazê-lo de volta e executar o plano até o final da década. Se eles conseguissem iriam mudar a história da humanidade. E, mudaram mesmo. Ao trazer isso para a pecuária é preciso ter clareza sobre o norte do projeto. Sabemos sobre manejo e a produtividade, mas não os calibramos com indicadores econômicos que representam o gol. Quanto eu ganho pelo que vale meu rebanho? Qual é meu ganho por hectare? Quanto ganho pelo que vale meu patrimônio? Ao responder esses três questionamentos, você terá as metas definidas como Kennedy que conseguiu chegar primeiro à lua. Quando sei que preciso ganhar 15% do que vale meu rebanho todos vão se unir para essa finalidade. O pessoal do melhoramento, da nutrição ou da sanidade não ficará restrito às suas metas produtivas. O principal acerto de quem se destacou foi conciliar a margem e a produtividade. Por isso, vamos defender, neste ano, a ideia de “mais processos e menos recursos. Resultado não se compra”. Faça um cartaz e coloque no escritório da fazenda para que você não se esqueça de valer-se de seu conhecimento e da equipe para avançar em lucratividade, lembre-se: margem é mais importante que o valor de venda. Fonte: Antônio Chaker Neto para Carta Gestor (Scot Consultoria).
3 de Dezembro de 2019