Muitas são as anotações feitas a campo. Vários dados coletados a fim de gerar informações e calcular índices produtivos e financeiros, mas é importante estar atento àqueles que são fundamentais para aumentar o resultado da fazenda.

Embora existam mais de 300 indicadores que influenciam o lucro de uma fazenda de gado de corte, todos acompanhados pelo Instituto Inttegra, quatro deles são os que melhor explicam o sucesso das fazendas. Em nossos estudos comparativos sabemos que para gerar mais resultado por ha/ano, podemos buscar mudanças em quatro variáveis: valor médio de venda, desembolso cabeça/mês, lotação em unidade animal (UA)  e ganho médio diário (GMD).

Em primeiro lugar temos o indicador desembolso por cabeça ao mês, que pode ser considerado como uma impressão digital, pois cada fazenda tem o seu pelas particularidades de cada projeto. Ele é obtido pelo custeio total somado aos investimentos realizados pela fazenda em relação ao rebanho total. Cada fazenda apresenta um perfil que descreve muito bem o estilo de operação.

Como referência de fazendas de ciclo completo, o desembolso/cab/mês dos clientes Inttegra na safra 2020/2021 foi de R$ 83,18 cabeça/mês. Houve quem gastou menos de R$ 49,00 cabeça/mês, no entanto, no que se trata deste indicador, gastar menos não significa melhores resultados, e sim gastar bem. Os que ganharam mais dinheiro no período registraram um desembolso de R$ 90,73 por cabeça/mês.

Um dos segredos das fazendas Top Rentáveis foi gastar bem, pois desembolsaram mais recursos em nutrição e pastagem, ambos com correlação positiva com produtividade, ao contrário de despesas administrativas ou de manutenção que apenas consomem o lucro do pecuarista.

Entretanto, produzir bastante nem sempre é sinônimo de rentabilidade. Para que essa equação seja positiva o desembolso deve estar corretamente dimensionado ao patamar produtivo da fazenda. Por exemplo, gastar R$ 1,00/cab/mês para o rebanho perder peso é caro, e gastar R$ 80,00/cab/mês para o rebanho ganhar 1,000 kg/dia é barato!

Se tratando de produtividade, entramos no segundo indicador: Ganho médio diário global.  O GMD global é considerado o índice chave, de maior impacto, que permite maior transparência do resultado de sua fazenda. Como o propósito da exploração pecuária é a produção de peso vivo e consequentemente a carne, seja na cria, recria ou engorda, o foco no ganho diário é determinante.

O GMD Global mostra a performance da fazenda, pois indica quantos quilos a fazenda está produzindo por animal ao dia, levando em consideração todas as categorias e mostrando uma visão ampla de toda a operação da fazenda.

O mágico no GMDG é que ele sofre muita influência de fatores que não necessitam de investimento, como qualidade do manejo de pasto, disciplina no cumprimento do programa de suplementação, homogeneidade de lotes, limpeza das aguadas e outras medidas que são capricho puro.

A referência do GMD Global (confinamento somado a pasto) para as fazendas Top Rentáveis de cria, ciclo completo e recria-engorda foi de 0,367 kg, 0,453 kg e 0,668 kg/animal/dia, respectivamente.  Se compare com as referências e evolua ano após ano!

Depois disso vem o valor de venda, medido em arrobas ou quilo. É um indicador de grande impacto, porém, com pouca flexibilidade. Quem dita é o mercado. Sendo assim, acompanhar o mercado e vender bem é sempre um diferencial.

A Lotação mede a carga animal que a fazenda manteve por unidade de área (hectare) durante o ano. A avaliação deve ser feita em cabeças ou unidade animal (correspondente a 450 kg de peso vivo). Em fazendas de cria e ciclo completo, é o indicador que dentre os quatro, menos impacta no resultado, já para as fazendas de recria/engorda ele gera mais impacto que o valor de venda.

Sabemos que projetos com lotação média inferior a 1,0 UA/ha/ano apresentam média/baixa ou baixa capacidade de geração de lucro. A lotação global das fazendas top rentáveis de ciclo completo na safra 2020/2021 foi de 1,71 UA/ha.

Mas por que é importante ter esses indicadores em mãos?

O ganho médio diário está intimamente ligado ao giro técnico de estoque. Quanto maior for o GMD, mais rápido o animal atingirá o peso para a comercialização e menor será o tempo de permanência do animal na fazenda.

A aumento de GMD, possibilita uma melhor margem pela diluição dos custos fixos da fazenda. O custo fixo mensal somado durante o tempo em que o animal passa na fazenda será menor, ou seja, o resultado por boi será maior.  A relação entre o GMD e o desembolso/cab/mês compõem o custo por arroba produzida e a distância entre o custo e o valor de venda da arroba é a margem.

De nada adianta ter margem e giro e não ter volume. A lotação tem o papel de trazer volume para a operação, potencializando, junto ao GMD, o resultado por hectare. Aliando giro, margem e volume, a fazenda tem um grande potencial de gerar resultado.

Enxergar os indicadores com clareza e o quantos antes pode mudar o jogo. “Pior que notícia ruim, é a notícia ruim que demora a chegar”.

Nesse sentido, é importante contar com as ferramentas certas e que ajudam no processo de coleta, informatização, processamento e análise de números inteligentes. O pacote Vistta Inttegra foi desenvolvido pensando no pecuarista que busca aumentar sua capacidade de geração de resultado, analisando indicadores atualizados diariamente com relatórios completos, gráficos dinâmicos e interativos.

Com o Vistta, você ganha velocidade na tomada de decisão, organização e estruturação de um planejamento estratégico que agregue valor a fazenda, potencializando a eficiência da operação e otimizando os processos.

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