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Expressivos R$ 1.677,00 por hectare – foi este o resultado apresentado por um grupo de fazendas voltadas à recria e engorda com menos de mil hectares que participaram do levantamento da benchmarking safra 2019/2020 realizado pelo instituto Inttegra. Em novo capítulo do quadro Dicas do Chaker, o diretor do instituto Antônio Chaker, zootecnista e mestre em produção animal, explicou o que levou essas propriedades a esse resultado.
“A cada ano que passa a gente fica mais impressionado com o que a pecuária pode fazer, o que a pecuária pode entregar. Quando você analisa os números e vê que o que realmente as fazendas de recria e terminação com menos de mil hectares entregaram, é realmente uma tijolada para você ver o potencial que nós temos”, animou-se.
Chaker explicou por que razão separou em dois grupos as fazendas de recria-engorda, adiantando que na próxima semana tratará do resultado das propriedades com área maior que mil hectares. “Quando eu analiso uma fazenda de recria e terminação em área inferiores a mil hectares, por que a gente separa? Porque o comportamento […] é bastante distinto”, simplificou.
Chaker apontou que, dentre todas as fazendas de recria e engorda dentro desse tamanho que participaram do benchmarking, o resultado médio foi R$ 214,00 por hectare. Mas o grupo das 30% mais rentáveis chegou a esses R$ 1.677,00. “Pense no orgulho, no coração batendo forte falar sobre isso!”, celebrou.
“Esse conjunto muito importante de propriedades entregou mais do que R$ 1.500,00 por hectare e esse dinheiro foi suficiente para gerar 5% de resultado sobre o que vale a terra, 23% sobre o que vale o rebanho, 1,7% ao mês, 10% de margem final sobre tudo que gasta, uma margem sobre a venda de 35% e uma arroba produzida a R$ 121,00. Então esse perfil de fazenda é de propriedades com maior volume e com menor margem”, apresentou.
Na sequência, o consultor apontou quais são os indicadores que levaram essas fazendas a ‘fabricarem’ tal resultado. “Se prepare: sente-se que você vai, agora, ver números raros de serem encontrados na atividade pecuária até esse ano”, anunciou.
“Nós temos justamente fazendas que produzem ou entregaram 51,2@ por hectare. […] E eu estou falando que um terço das propriedades top rentáveis para recria e engorda abaixo de mil hectares produziram dentro da fazenda toda – não numa área específica – mais que 50@ por hectare”, revelou.
“Todos os animais tiveram ganho de peso médio de 691 gramas por dia, do dia que chegou ao dia que foram abatidos, com uma lotação a pasto de 2,4 UA/ha e uma lotação global de 3,8 UA/ha. Então percebam o efeito do confinamento, por exemplo, das estratégias de recria fechada, como elas impactaram justamente a lotação dessas fazendas de recria e engorda com menos de mil hectares”, destacou.
“Essas propriedades gastaram R$ 9,00 por hectare em pastagens, R$ 50,00 por cabeça ao mês em nutrição, um investimento bastante forte na nutrição para manter essa lotação e esse ganho. Mas o que importa é justamente produzir uma arroba com margem – e você viu que ela produziu a menos de R$ 125,00 a arroba. Elas também tiveram um custo fixo entre os mais baixos de todos, naturalmente, de 34%. Elas gastaram R$ 9,78 de mão de obra por cabeça ao mês, tiveram um colaborador para 683 cabeças e faturaram R$ 695.000,00 por funcionário, o que é realmente um faturamento muito interessante”, acrescentou.
Segundo Chaker, os números e os resultados construídos a partir deles mostram que há uma “nova pecuária” sendo praticada no Brasil. “Esse perfil de propriedade nos inspirou a enxergar que existe uma nova pecuária, sim. Uma pecuária que está buscando R$ 2.000,00 por hectare, 5% sobre o que vale a propriedade, mais de 20% sobre o que vale o rebanho, que são fazendas super intensivas, mas elas não só são super intensivas na produção, elas são, principalmente, super intensivas na gestão, super intensivas no conhecimento e propriedades que […] devem servir como um guia para você, que quer buscar melhores resultados”, avaliou.
Entretanto, de acordo com o consultor, atingir tal patamar não é uma virada de chave automática, e sim uma edificação lenta e concreta. “Saiba que a construção desses resultados é um passo a passo, você não deve sair colocando um volume gigante de dinheiro sem ter informação e sem antes intensificar a gestão da sua propriedade. Mas quem aprendeu a fazer essa pecuária está entregando resultados incríveis, que superam grande parte de todas as outras culturas que nós temos dentro do agronegócio”, concluiu.
Fonte: Giro do boi
22 de Janeiro de 2021